O município de Nampula, liderado pelo autarca da RENAMO, Paulo Vahanle, está a ser alvo de uma auditoria pública. A edilidade considera o ato ilegal e denuncia intenções políticas.
Após a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) – o principal partido da oposição na autarquia de Nampula – ter exigido à edilidade explicações sobre a proveniência das verbas que usa para a construção de estradas e limpeza da cidade, uma equipa da Inspeção-Geral da Administração Pública (IGAP) iniciou na quinta-feira (02.09) uma auditoria ao município, sem aviso prévio.
Ossufo Ulane, chefe do gabinete do edil de Nampula, classifica o ato de “estranho”, por não ter observado os trâmites legais.
“Qualquer auditoria, seja ela relâmpago ou não, tem de ter termos de referência, pelos quais a instituição responde às perguntas”, explicou Ulane. “Mas o objeto, que seria o termo de referência, chegou-nos sem carimbo e sem nenhuma assinatura.” O facto provocou a desconfiança da edilidade de que se trata aqui de uma manobra política.
O chefe do gabinete do edil Paulo Vahanle afirma estar na posse de informações segundo as quais a auditoria tem por objetivo perceber a proveniência de fundos do município de Nampula. Segundo Ulane, trata-se de fundos que são aplicados em trabalhos em “benefício do povo”.