Autarca de Mocímboa da Praia, que considera que “guerra não tem base nem objetivo”, diz ainda que rasto de destruição deixado pelos rebeldes durante mais de um ano é profundo.
Nós tínhamos um total de 62.390 mil pessoas, que está dispersa em todos os cantos do país. Uns estão em Pemba [a capital provincial de Cabo Delgado] e outros estão fora, em províncias como Nampula”, disse Cheia Carlos Momba, presidente da autarquia de Mocímboa da Praia.
Em mais de um ano nas “mãos” de rebeldes, a vila costeira de Mocímboa da Praia, uma das principais do norte da província de Cabo Delgado, foi saqueada profundamente, tendo os insurgentes destruído quase todas as infraestruturas públicas e privadas, bem como os sistemas de energia, água, comunicações e hospitais.
“Eles queimaram tudo”, declarou o presidente daquela autarquia, acrescentando que algumas casas que foram poupadas são as mesmas que estes grupos usavam para habitar.
“Depois de eles tomarem aquela vila, tornaram-na na sua base. Suspeito que mesmo o ataque a Palma [em 24 de março deste ano] foi originado e preparado em Mocímboa da Praia”, acrescentou.