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Quatro militares condenados a 15 anos por tentativa de golpe de Estado no Gabão

Quatro oficiais acusados da tentativa de golpe que procurou derrubar o Presidente do Gabão, Ali Bongo Ondimba, em janeiro de 2019, foram condenados por um tribunal militar a 15 anos de prisão.

Embora o Ministério Público tivesse pedido a prisão perpétua, o Tribunal Militar Especial de Libreville proferiu a sentença de prisão de 15 anos, acrescida de uma multa de 31 milhões de francos cfa (47.250 euros) para os arguidos, uma decisão de que os seus advogados já recorreram.

Entre os condenados encontrava-se o líder do alegado golpe, o tenente Kelly Ondo Obiang, comandante da Guarda Republicana.

Os militares foram acusados dos crimes de “associação criminosa, rapto arbitrário e ataque à segurança interna”.

Um grupo de soldados em revolta, liderados por Obiang, desencadeou um tumulto em 07 de janeiro de 2019 nesta pequena nação rica em petróleo na costa ocidental da África Central, ao tomar a estação de rádio estatal em Libreville, numa tentativa de “salvar a democracia”.

“É tempo de tomar o destino nas nossas mãos, o dia chegou (…) o dia em que o exército decidiu tomar o partido do seu povo para salvar o Gabão do caos”, disse Obiang na altura.

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Após algumas horas de confusão e o corte da ligação à Internet durante esse dia, o Governo recuperou o controlo da situação e alguns dos rebeldes foram presos, incluindo Obiang e três outros soldados, numa operação em que dois soldados rebeldes foram mortos.

A tentativa de golpe de 2019 ocorreu uma semana depois de Ali Bongo, 62 anos, se ter dirigido à nação, em 31 de dezembro de 2018, a partir de Rabat, onde estava a recuperar de uma doença, numa intervenção que levantou dúvidas sobre a sua aptidão para continuar a governar, argumentou na altura o líder insurrecto.

A família Bongo tem governado esta pequena nação – com pouco mais de dois milhões de habitantes – há mais de 50 anos.

Em vários protestos desencadeados após as eleições, várias pessoas foram mortas e cerca de mil foram presas.