Os chanceleres do G20 adotaram na terça-feira (29), em Matera, no sul da Itália, uma declaração que visa contribuir para a erradicação da fome, que segue avançando no mundo.
“Hoje aprovamos a declaração de Matera sobre segurança alimentar”, anunciou o ministro das Relações Exteriores italiano Luigi Di Maio, cujo país preside o G20, em coletiva de imprensa após a reunião.
“É um documento concreto, um convite a agir para toda a comunidade internacional”, declarou, lembrando que 850 milhões de pessoas passam fome no mundo.
Em 10 pontos, o texto estabelece uma série de constatações e objetivos sem caráter obrigatório. O documento observa que a meta da ONU de acabar com a fome até 2030 parece impossível de ser alcançada.
Propõe uma série de iniciativas para tentar acabar com esta tendência, como dar mais poder a mulheres e jovens, favorecer programas de proteção social e aumentar os investimentos em alimentação sustentável.
“Nos comprometemos em reforçar nossos esforços coletivos para colocar em prática este chamado a uma mobilização global”, concluem os signatários.
“Devido à pandemia, (a fome) pode afetar mais 100 milhões de pessoas”, alertou Di Maio. “Segurança alimentar significa ajudar as famílias atingidas pela crise econômica causada pela pandemia, tanto em nossos países como nos países em desenvolvimento”, reiterou.