Na última 5ª feira (13), o mundo foi surpreendido com a notícia de que Israel teria invadido por via terrestre o território da Faixa da Gaza, evidenciando uma escalada no conflito com os palestinos. Algumas horas depois, as próprias Forças Armadas –que haviam enviado releases à imprensa e divulgado a informação no Twitter, desmentiram a invasão. Segundo a mídia israelense, o caso não passou de uma estratégia militar.
O objetivo seria usar a imprensa internacional para fazer os guerrilheiros do Hamas se exporem a um conflito de grande dimensão. Na madrugada da 6ª feira (14), tropas israelenses começaram a bombardear túneis do grupo islâmico. Segundo o Times of Israel, foram usados 160 aviões simultaneamente, com 450 mísseis atirados contra 150 alvos, em um ataque massivo.
O New York Times relatou na 6ª feira que representantes do jornal e de outros veículos internacionais que noticiaram a invasão, se reuniram em uma conferência on-line e cobraram respostas do Coronel Conricus, que é porta-voz do IDF (Israel Defence Forces) em inglês e que assumiu a responsabilidade pelo suposto erro. Questões como a demora para desmentir a informação e se a imprensa teria sido usada, foram colocadas.
O militar reconheceu, no entanto, que tropas israelenses moveram dezenas de tanques para perto da fronteira para fingir uma invasão. O objetivo seria induzir as equipes anti-tanque do Hamas para fora de seus esconderijos, além de evidenciar a localização de túneis secretos usados pelo grupo.