Milhares de pessoas participaram, em Paris, numa “marcha lésbica”, exigindo o acesso de todas as mulheres à procriação medicamente assistida (PMA).
A manifestação juntou cerca de 4.400 pessoas, de acordo com a polícia local, e 10 mil.
O protesto aconteceu numa altura em que em França se debate uma lei de bioética e depois da rejeição por parte do Senado, em fevereiro, da extensão da PMA a mulheres solteiras e a casais de mulheres, provocando a ira de ativistas que criticaram uma “lei de descontos” e uma “palavra lésbica totalmente ausente” dos debates.
A abertura da PMA a todas as mulheres era uma promessa do ex-presidente François Hollande (2012-2017) e depois do atual chefe de estado francês Emmanuel Macron.
“Lésbicas muçulmanas e orgulhosas”, “o feminismo é a teoria, o lesbianismo é a prática” ou “nós somos o génio lésbico”, podia ler-se em alguns cartazes empunhados pelos manifestantes, que levavam também bandeiras arco-íris, símbolo da comunidade LGBTQI+.