Sociedade Pelo menos 12 sul-africanos integram o grupo terrorista em Palma

Pelo menos 12 sul-africanos integram o grupo terrorista em Palma

Especialistas alertam para a existência de pelo menos 12 cidadãos sul-africanos no grupo terrorista que semana passada atacou a vila-sede de Palma, na província de Cabo Delgado, assassinando “dezenas de pessoas”, entre nacionais e estrangeiros.

O facto levanta preocupações entre os especialistas em segurança sul-africanos, muitos dos quais têm apelado à Comunidade de Desenvolvimento dos Países da África Austral (SADC) para intervir, com vista a afastar a possibilidade ataques terroristas na África do Sul ou noutros países da região.

Os terroristas atacaram a vila de Palma, um centro logístico para projectos internacionais de gás avaliados em 60 mil milhões de dólares, na quarta-feira. Pelo menos um sul-africano, Adrian Nel, 40 anos, foi morto na ocasião.

O coordenador de Treinamento Sénior do Instituto de Estudos de Segurança, Willem Els, disse que os ataques terroristas em Moçambique representam uma grande ameaça à África do Sul, tanto política como economicamente.

“O porta-voz do Hawks (serviços secretos sul-africanos) admitiu, num passado recente, que há pelo menos 12 cidadãos da África do Sul a lutar ao lado dos terroristas lá. Isso dá uma indicação de que eles são muito activos no seu recrutamento aqui na África do Sul. Então, eles têm as suas estruturas aqui e estão a apoiar o que quer que esteja a acontecerem Cabo Delgado”, Disse Willem Els.

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Considera que a África do Sul deveria estar extremamente preocupada com os sul-africanos que lutam ao lado do grupo terrorista na província moçambicana.

“Como sabemos, os Hawks admitiram que há 12 sul-africanos a lutar com essas pessoas. Pode haver mais, alguns assumiram posições de liderança dentro do grupo. Eles estão a ganhar alguma experiência lá (em matérias de) ataques brutais, alguns podem até regressar como combatentes treinados no exterior para a África do Sul”, afirmou.