Cantora gospel com disco de ouro além de parlamentar é considerada pela polícia brasileira a mandante do crime que vitimou o pastor evangélico Anderson do Carmo no ano passado, por razões financeiras. Por ter imunidade parlamentar, ao contrário dos filhos envolvidos e de uma neta, ela ainda não foi presa.
Adeputada federal brasileira Flordelis é apontada pela polícia como mandante do crime que vitimou, com cerca de 30 tiros, o seu marido, Anderson do Carmo, em junho do ano passado. Por ter imunidade parlamentar, a suspeita não foi ainda detida. Mas dez pessoas, entre as quais sete dos 53 filhos do casal, 49 são adotivos, e uma neta já foram presas por participação no homicídio, durante a Operação Lucas 12, deflagrada na manhã desta segunda-feira no Rio de Janeiro.
A polícia acredita que antes de consumada a morte de Carmo, que era um conhecido pastor evangélico, Flordelis, que além de deputada pelo PSD, partido de centro formado em 2011, é cantora gospel de sucesso, já havia tentado envenenar o marido com arsénico duas vezes desde maio de 2018.
Anderson Rollemberg, advogado de Flordelis, disse que “a deputada está surpreendida com a prisão”.
O PSD divulgou nota em que anunciou “a suspensão imediata da filiação” da deputada.
Na Operação Lucas 12, assim chamada em referência a uma passagem do novo testamento – “tenham cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia, não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”, disse Jesus – foram presos cinco filhos do casal, Adriano, André, Carlos, Marzy e Simone, e uma neta, Rayane.
A justiça ainda emitiu mandados de prisão contra dois homens que já estavam na cadeia: o filho apontado como autor dos disparos, Flavio, e um ex-polícia chamado Marcos.
A mulher deste último, Andreia, também foi detida.
E um sétimo filho (Lucas), que já tinha sido preso por conseguir a arma, foi denunciado na operação.