O processo de formalização da candidatura de Donald Trump à reeleição nas eleições presidenciais de 3 de Novembro nos Estados Unidos começa esta segunda-feira em Charlotte, no Estado da Carolina do Norte.
No evento, que se prolonga por quatro dias sob o lema “Honrar a Grande História Americana”, participam importantes apoiantes de Donald Trump e membros da sua família bem como representantes do que o Comité Organizador, liderado por Marcia Lee Kelly, designa como “maioria silenciosa”.
O Comité Organizador da convenção espera a presença de cerca de 50 mil visitantes ao longo dos quatro dias, incluindo naquele número delegados, convidados especiais e imprensa, para qual foram registados 15 mil profissionais da comunicação social.
O primeiro mandato de Donald Trump foi marcado por ruturas com as políticas do seu antecessor na Casa branca, o democrata Barack Obama, e seguindo, no plano externo, uma política isolacionista e conflituosa com aliados, rasgando acordos internacionais e procurando impor a visão da “pax americana” num mundo em contínua convulsão social e política.
Sem qualquer experiência política anterior, Trump beneficiou na eleição de 2016 do amplo protesto do eleitorado contra o tradicional sistema bipartidário norte-americano em Washington, que caracterizou como um “pântano que precisava de ser drenado”
O empresário e estrela de televisão Donald Trump ganhou as eleições presidenciais aos 70 anos, sem ter exercido nenhum cargo político, o que demonstrou uma certa aversão dos eleitores ao sistema político, mas também a adesão a uma campanha com características populistas, que os especialistas acreditam que favorece ditaduras e dirigentes autoritários.
Em 2020, os muito participados protestos nas ruas durante dezenas de dias consecutivos depois da morte do cidadão negro George Floyd em custódia policial provaram a revolta contra o racismo institucionalizado nos EUA e contra a violência policial, mas as suas intervenções mereceram a condenação, tanto interna como externamente.
Durante os últimos anos, Trump defendeu-se de retratos negativos nos media com acusação de “fake news” (notícias falsas) ou “hoax’ (farsa) que fizeram uma grande parte dos órgãos de comunicação social enfatizarem as falhas da Presidência.