Em meio a queixas de alguns pais e encarregados de educação que apontam para a complexidade e carestia do modelo em implementação para a continuação do ano lectivo, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, reiterou, hoje, em conferência de imprensa que está fora de questão a anulação das aulas.
Com efeito, o sector recomenda o prosseguimento do ano lectivo em casa, enquanto uma equipa criada para análise das condições para uma eventual retoma, analisa o contexto e a evolução da pandemia no país.
O uso do livro de distribuição gratuita, fichas de exercícios são algumas das ferramentas que o Ministério da Educação aconselha para esta fase de interrupção das aulas nos moldes habituais.
As vozes de famílias carenciadas têm ecoado. Os pais reclamam incapacidade para sustentar o modelo, ou a compra de fichas de exercícios nas escolas.
Confrontado com esta questão, o sector disse que já orientou as escolas a recorrer a parcela de 30 por cento do apoio directo para a reprodução destas para os alunos carenciados.
COBRANÇA DE MENSALIDADES
Pelo país muitas escolas privadas continuam a cobrar as mensalidades na totalidade, facto que é contestado pelos encarregados de educação que recordam que o contrato celebrado é de aulas presenciais e não no modelo vigente. Sobre esta questão, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, volta a dizer que não é entidade competente para intervir em assuntos administrativos e financeiros e recomenda diálogo entre as partes.