Há cinco meses, a nossa equipa reportou o caso de uma menina de 12 anos com albinismo que foi barbaramente assassinada por dois homens, no distrito de Murrupula, na província de Nampula.
Durante a campanha de julgamentos, a 6ª secção criminal do Tribunal Judicial da Província de Nampula julgou o caso que tinha três arguidos, onde um foi absolvido por insuficiência de provas e dois pegaram uma pena de 20 anos de prisão maior.
Uma pena considerada branda por tratar-se de um crime hediondo.
Foram os mesmos argumentos que levaram o Ministério Pública a recorrer da decisão, segundo soube o “O País” de uma fonte daquela instituição em Nampula.
Até porque exemplos não faltam. Outros dois homens cumprem penas de 40 anos de prisão no Estabelecimento Penitenciário Regional-Norte por terem assassinado um albino em 2016.
Para a Associação Amor à Vida, estas condenações estão a ajudar a devolver a tranquilidade depois de meses de terror que as pessoas com problema de pigmentação da pele viveram.
O rapto e assassinato de albinos está ligado ao crime de tráfico de partes de órgãos humanos, um fenómeno que por sua vez associa-se a crenças de magia negra.
O País