O ex-Presidente brasileiro Michel Temer afirmou que se ia entregar na quinta-feira e assim foi.
Michel Temer, de 78 anos, é o mais recente governante brasileiro a ser detido pelas autoridades.
O ex-presidente do Brasil, que assumiu o cargo após o afastamento de Dilma Rousseff, viu o seu nome associado a diferentes casos ligados à Operação Lava Jato, a maior operação de combate à corrupção no Brasil.
Temer chegou a ser detido no passado dia 21 de Março, em São Paulo, a pedido dos investigadores. Mas acabaria por ser libertado poucos dias depois, a 25 de Março, juntamente com o ex-ministro Moreira Franco, com o coronel Lima, apontado como operador financeiro do suposto esquema criminoso que alegadamente seria comandado por Temer, e com outros cinco alvos da mesma operação.
Ao início da tarde de ontem, a juíza Caroline Figueiredo, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, assinou um mandado de prisão contra o chefe de Estado, determinando que Temer tinha que se apresentar na sede da Polícia Federal de São Paulo até as 17h locais. Por volta das 19h de Lisboa, dá conta o G1, Temer já estava no edifício da Polícia Federal, onde muitos jornalistas o esperavam.
O antigo governante brasileiro afirmou ainda na quarta-feira que o caso é “não só uma injustiça, mas uma inveracidade”. Ainda assim, aceitou entregar-se voluntariamente à Justiça, respeitando assim a decisão da justiça, que determinou o seu regresso à cadeia.
Temer tornou-se o segundo presidente brasileiro a ser detido no espaço de um ano, isto após Lula da Silva ter sido condenado a 12 anos de cadeia, numa decisão tomada inicialmente por Sérgio Moro, actual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, e corroborada entretanto por outros magistrados.
Michel Temer garante que vai recorrer da decisão.
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