Pelo menos 17 crianças que supostamente eram mantidas em cativeiro para fins religiosos, na casa de um pastor, foram resgatadas, na quinta-feira (22), na cidade de Chimoio, província de Manica.
O caso deu-se no bairro 1º. Maio e as vítimas têm idade que variam nove a 16 anos. Todas vivem nos bairros 1º. de Maio, Soalpo e Mudzingadzi e rezavam nas montanhas de Cabeça de Velho e Chiongo.
Por via do seu porta-voz, Mateus Mindu, a Polícia da República de Moçambique (PRM), naquele ponto do país, disse que se está perante um crime de cárcere privado, punível nos termos da lei.
Em conexão com o caso, a corporação deteve deteve um presumível pastor de 31 anos de idade, que responde nome de Luís Gouveia Inroga. Segundo o cidadão, a sua igreja, cuja identidade é desconhecida, ainda não tem nome nem está registada.
Ainda de acordo com o iniciado, os miúdos são ensinados a arrependeram-se e livrarem-se do pecado como forma de estarem preparadas para manter contacto com Deus.
“Consegui convencer algumas crianças a entrarem na igreja” e mais tarde chamaram outros menores para se juntarem ao grupo de orações. Para o efeito, apenas ora-se, disse Luís Inroga, explicando que quando alguém entra na referida igreja é baptizado e logo em seguida é treinado a “falar em línguas estranhas”.
“Esse é nosso princípio e eu fui chamado por Deus para seguir seu caminho”, afirmou Luís e prosseguiu explicando que ele também foi orientando por um espírito para recrutar outros irmãos de menor idade. Contudo, nunca proibiu os seus crentes de regressarem para as suas casas.
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