A Rio Tinto, uma das maiores mineiras do mundo, e dois dos seus gestores têm até 16 de Janeiro para responder à acusação de fraude na operação de compra de uma mina em Moçambique, por mais de três mil milhões de euros.
“A próxima data relevante neste processo é 16 de Janeiro, dia até quando os acusados são obrigados a responder ou negar a queixa da comissão”, disse esta segunda-feira à agência Lusa a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
As autoridades americanas e inglesas acusam o antigo director executivo da Rio Tinto Tom Albanese e o seu director financeiro Guy Elliott de fraude por não revelarem aos accionistas da empresa o valor real da mina comprada por 3,7 mil milhões de dólares em 2011. Segundo a SEC, a empresa percebeu, um ano depois de concluído o negócio, que o valor da mina era muito abaixo do que tinha sido pago, mas acabou por só revelar essa informação em 2013.
A empresa disse que “vai defender-se vigorosamente” nos tribunais americanos, mas já concordou pagar uma multa de 27 milhões de libras às autoridades britânicas. “A Rio Tinto acredita que o processo da SEC é injustificado e que quando todos os factos forem considerados pelo tribunal, e se for necessário por um júri, as reivindicações da SEC serão rejeitadas”, disse a empresa em comunicado.
O País