O tribunal moldavo condenou o ex-primeiro-ministro Vlad Filat a nove anos de prisão por corrupção e abuso de poder, uma decisão contestada pela defesa, que a considera ilegal, e pela acusação, que a classifica como muito branda.
Vlad Filat foi preso a 15 de Outubro sob as acusações de corrupção, tráfico de influências e fraude, e segundo o Centro de Investigações Jornalísticas da Moldávia, o advogado de defesa, Igor Popa, disse que o processo é “uma infracção à justiça e um crime contra a verdade”.
A acusação já anunciou que vai recorrer, pois segundo a procuradora anticorrupção, Adriana Betisor, a sentença de nove anos de prisão “não é proporcional”.
Inicialmente, a acusação pediu uma pena de 19 anos de prisão, e ainda o confisco dos bens de Vlad Filat, e a proibição de ocupar cargos públicos por cinco anos.
Segundo a justiça moldava, Filat é culpado de ter aceite subornos de 260 milhões de dólares (cerca de 16.283 mil milhões de meticais), num escândalo de branqueamento de capitais, segundo a agência noticiosa francesa France Presse.
Filat, primeiro-ministro da Moldávia de 2009 a 2013, está ainda envolvido em três outros casos na justiça.
O Banco Central da Moldávia descobriu em Abril do ano passado que três bancos concederam empréstimos de mil milhões de dólares (cerca de 62 biliões de meticais), que representam quase 10% do PIB do país, a entidades desconhecidas.
A revelação provocou uma onda de manifestações e o agravamento da crise política no país, que tem 3,5 milhões de habitantes.
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