Destaque Ministro da Saúde exorta profissionais de saúde a combater roubo de medicamentos

Ministro da Saúde exorta profissionais de saúde a combater roubo de medicamentos

Ussene Isse, Ministro da Saúde de Moçambique, fez um apelo aos profissionais de saúde para manterem vigilância constante contra o roubo e a apropriação indevida de suprimentos médicos no Sistema Nacional de Saúde (SNS).

O ministro dirigiu-se a um grupo de enfermeiros da região metropolitana da Grande Maputo durante uma reunião, onde sublinhou a importância da disciplina profissional na luta contra esta problemática. “As acções contra comportamentos inadequados permitem que os cidadãos recuperem a confiança nos serviços de saúde”, afirmou Isse.

“Solicito a vossa ajuda para controlar o roubo de medicamentos, pois uma grande quantidade de fármacos é subtraída dos hospitais. Quando analisamos o que o Estado adquire, há medicamentos suficientes para todos e até uma reserva, mas ao chegarem ao hospital, desaparecem em menos de quinze dias”, acrescentou.

O ministro enfatizou o papel crucial dos profissionais de saúde na vida dos pacientes, destacando: “Nós, como enfermeiros, devemos servir a população moçambicana com amor, carinho, simpatia, respeito e humildade.”

Isse observou que é fundamental que os enfermeiros saibam ouvir os pacientes e os permitam expressar os seus problemas. “Por vezes, o paciente chega ao hospital, mas o enfermeiro está distraído no telemóvel ou a ouvir música”, afirmou o ministro.

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Durante a reunião, os enfermeiros manifestaram preocupações relacionadas com a progressão nas suas carreiras. “Sentimo-nos desrespeitados e humilhados pelos médicos”, disse um dos participantes. “Além disso, os médicos veem-nos como seus servos, o que nos magoa profundamente. Como recém-chegado à enfermagem, estou a considerar abandonar a profissão, infelizmente.”

Em resposta às inquietações apresentadas, Ussene Isse garantiu que o governo está a trabalhar para encontrar soluções para os problemas que afectam mais de 75.000 profissionais de saúde, dos quais 22.000 são enfermeiros em todo o país.

As questões analisadas incluem o tratamento desigual, a falta de materiais de trabalho e suprimentos médicos, assim como os atrasos nos pagamentos de horas extras.