Sociedade Justiça Moçambicanos podem pensar diferente, sem medo de algemas

Moçambicanos podem pensar diferente, sem medo de algemas

“Ainda há esperança para Moçambique” – estas foram as palavras ouvidas, ontem, no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo após o anúncio da improcedência dos crimes de que eram acusados Nuno Castelo Branco e Fernando Mbanze.

Para os acusados, o fim do julgamento representa um novo começo para imprensa nacional e liberdade de opinião para os moçambicanos, “foi uma grande lição de democracia, o país esta mais livre e democrático do que ontem” disse o economista Castelo Branco. Os moçambicanos já podem pensar diferente sem medo de represálias, “o juiz não leu apenas uma sentença, absolveu-se a liberdade de impressa e opinião em Moçambique” sustentou o jornalista Fernando Mbanze.

Os que de perto assistiram a sessão, de quase duas horas, como Alice Mabote, não esconderam a satisfação com a condução do processo, e consequente restauração da liberdade de expressão e opinião aos moçambicanos. “Estava com medo, que a crítica fosse atacada, que os jornalistas fossem atacados. Já posso morrer, o jornalista e a liberdade de expressão estavam para ser condenados.”

E, ainda de acordo com os presentes, a crítica é um modo de vida das sociedades democráticas. Os governantes, as elites da politica, cultura, negócios e outras áreas sociais estão sujeitas às consequências deste estilo de vida.

Em frente ao tribunal, cidadãos aguardavam ansiosos por Nuno Castelo Branco, com dísticos e panfletos erguidos, com os seguintes dizeres: “a liberdade de expressão não tem preço“, “é proibido algemar as palavras, nenhuma lei pode“,”viva pensar diferente, não à censura.