Sociedade Criminalidade Jornalista moçambicano Paulo Machava assassinado na Agostinho Neto

Jornalista moçambicano Paulo Machava assassinado na Agostinho Neto

O jornalista moçambicano Paulo Machava foi baleado mortalmente na manhã desta sexta-feira (28), por cidadãos desconhecidos.

O crime aconteceu por volta das 6 horas, quando o jornalista fazia a sua caminhada habitual, na cidade de Maputo, nas esquinas das avenidas Vlademir Lenine e Agostinho Neto. Revelou o jornal Verdade.

Segundo afirmam testemunhas os criminosos que se faziam transportar em viatura ligeira, se quer saíram da viatura, eles apenas baixaram o vidro, atiram e continuaram a viagem sem pressa.

Dias antes o editor do jornal savana Salomão Moyana, em entrevista concebida à RTP-África, revelou que a redacção do seu jornal recebeu na quinta-feira um telefonema anónimo dizendo que ele e Machava constam de uma lista de pessoas à matar, supostamente por falarem muito.

Além dos jornalistas a lista das pessoas a silenciar incluía o advogado e deputado pela Renamo-UE Manuel Frank, o empresário português Lino Gonçalves, proprietário do complexo Kaya Kwanga, um empresário italiano, proprietário da Pensão Martins e ainda o adido militar da Embaixada de Portugal em Maputo.

Em entrevista com a mesma estação televisiva, o comandante da polícia de Maputo sem referir nomes afirmou ter recebido queixas de três ameaças de morte por telefonemas anónimos.

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Paulo Machava era um jornalista experiente, iniciou sua carreira na Rádio Moçambique, e passou pelos semanários Savana e Zambeze antes de fundar o Diário de Notícias e o semanário Embondeiro.

Nos últimos anos, para além das actividades jornalista, Paulo Machava, prestava serviços de assessoria na área de eventos na residencial “Kaya Kwanga”. Outro facto curioso é a morte de figuras que frequentam o Kaya Kwanga. O pugilista Paulo Benjamim, o Paulo Danger Man e agora Paulo Machava.

Fonte: Portal Confidencial