O jornalista somali, Daud Ali Omar, e sua mulher foram assassinados por homens armados não identificados.
Estas denúncias foram feitas pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) sediado em Nova Iorque, nos Estados Unidos, num comunicado transmitido segunda-feira à PANA em Dakar, no Senegal.
O CPJ declarou que homens armados irromperam pela casa de Daud por volta de uma hora de madrugada no bairro de Bardaale, na cidade do centro-sul de Baidoa, matando o jornalista e a sua esposa, Hawo Abdi, enquanto estes estavam a dormir.
“Nós condenamos os assassinatos de Daud Ali Omar e da sua esposa, Hawo Abdi Aden, e apelamos à administração sul-central da Somália para fazer o seu possível com vista a investigar sobre este crime terrível», indignou-se o representante do CPJ para a África Oriental, Tom Rhodes.
Daud, de 35 anos de idade, era um produtor para uma estação privada pro-governamental, Radio Baidoa, que cobria a violência regional e a política local.
O órgão de defesa da liberdade da imprensa no mundo sublinhou que o assassinato de Daud e da sua esposa faz parte de uma série de ataques em Baidoa assinalada nos últimos meses.
Segundo o CPJ, nenhum grupo reivindicou imediatamente a responsabilidade por este ataque, mas os jornalistas locais e a Polícia suspeitam que seja da autoria do grupo de insurrectos militantes de Al-Shababa devido aos laços existentes entre a emissora e o Governo somali.
A Associação dos Centros de Imprensa Independente na Somália também condenou o sucedido e exigiu um inquérito profundo.