Desde da semana passada, a onda de violência contra estrangeiros residentes na África do Sul até esta quarta-feira já fez 4 mortes e 74 pessoas foram presas, confirmou o porta-voz da polícia local, Naicker.
No total, pelo menos 5 mil estrangeiros, incluindo moçambicanos tiveram que deixar suas casas em Durban. Nesta quarta-feira (15), a onda de violência atingiu cidades vizinhas também.
Em Joanesburgo, onde lojas de imigrantes foram saqueadas no começo do ano, vários estabelecimentos fecharam as portas, para evitar actos de violência. De acordo com a Reuters, mesmo que a cidade não tenha registado ataques nas últimas semanas, os comerciantes foram ameaçados via mensagens, que afirmavam que todos os estrangeiros seriam mortos.
Embora o governo tenha condenado a onda de violência, segundo o site australiano News, Zulu King Goodwill Zwelithini, líder de um grande grupo étnico no país, disse que os estrangeiros tinham que “fazer as malas e irem embora”.
Edward Zuma, filho do presidente Jacob Zuma disse à uma agência local que o país estava “sentado numa bomba relógio de estrangeiros que tomam o país”. Mesmo diante de intensas críticas, ele disse que não vai se desculpar pelo que disse, nem retirar seus comentários.
Quanto aos moçambicanos, indica que trezentos moçambicanos que se encontram na África do sul nesta situação, serão repatriados, a partir desta quinta-feira, devido à onda crescente de ataques xenófobos, naquele País vizinho.