Mais de 835 mil pessoas foram-lhes diagnosticadas doenças diarreicas, no ano passado, a maioria associadas ao consumo de alimentos não seguros.
Segundo escreve o Jornal o País, deste universo, 132 440 estavam relacionadas à disenteria, doença inflamatória do intestino que causa fortes dores abdominais, e 480 à cólera.
Os dados foram relevados, na última sexta-feira, pela ministra da Saúde, no lançamento das celebrações do Dia Mundial da Saúde, que se assinalou sábado em todo o mundo.
Este ano, a efeméride será celebrada sob o lema “Alimentos seguros”, dada a preocupação mundial com o número de pessoas infectadas anualmente por doenças relacionadas ao consumo de alimentos não seguros.
Aliás, Nazira Abdula explicou que o lema deste ano tem que ver com as alterações na produção de alimentos, distribuição e consumo, bem como do ambiente, que resultam no aparecimento de novos e emergentes microrganismos e na resistência a antibióticos.
Segundo a Organizacao Mundial da Saúde as doenças transmitidas por alimentos mataram 351 mil pessoas no mundo em 2010.
Um relatório da agência da ONU sobre o assunto, divulgado na passada quinta-feira, calcula que o número de infecções globais causadas pelo consumo de comida estragada chegou a 582 milhões.
A OMS afirma que “alimentos inseguros podem causar mais de 200 doenças, indo desde a diarreia ao câncer”. A organização cita como exemplos a comida de origem animal mal cozida, frutas e vegetais contaminados com fezes e mariscos que contenham biotoxinas.
O relatório diz ainda que os países africanos foram os mais afectados pelos problemas de saúde causados pelo consumo de alimentos estragados seguidos das nações do sul e leste da Ásia.
As crianças com menos de cinco anos representam mais de 40 porcento das pessoas que contraíram alguma doença ou infecção.