O Ministro das Finanças, Manuel Chang, garante que a dívida pública de Moçambique ainda é sustentável e para a sua manutenção é preciso que o Governo passe a determinar o nível máximo das despesas, tendo em conta o Produto Interno Bruto (PIB).
Manuel Chang falava durante durante a visita as instalações da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) por ocasião do seu 15.º aniversário.
Falando na ocasião, Chang disse que o indicador valor da dívida presente situa-se nos 36 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), podendo atingir 37 por cento em 2015, sendo que o seu limite é de 40 por cento do PIB.
A dívida ascende os seis biliões de dólares norte-americanos, mas o ministro assegura que o Governo está a fazer o devido acompanhamento para mantê-la dentro dos parâmetros da sustentabilidade.
“Há um indicador que mostra alguns sinais, mas que não atingiu o nível de insustentabilidade. Temos tido todo o cuidado necessário para que este indicador, que é o valor da presente dívida sobre o PIB, não chegue aos 40 por cento”, explicou.
Por sua vez, a Presidente do Conselho de Administração da Bolsa, Anabela Chambuca, disse que ao longo dos 15 anos a instituição cotou 82 títulos e uma capitalização de cerca de 40 mil milhões de meticais, representando um crescimento de cerca de 150 por cento nos últimos cinco anos.
“Nos últimos cinco anos os títulos cotados duplicaram. Temos também cada vez mais empresas a procurarem financiamento através de títulos da bolsa, como obrigações e papel comercial, ao mesmo tempo que notamos uma abertura do capital das empresas para entrada de novos sócios, através da bolsa”, detalhou Anabela Chambuca.
No ano passado, a Bolsa fechou com um volume de negócios de mil milhões de meticais e a previsão de 2014 é de dois mil milhões. Em termos de capitalização bolsista, em 2013, terminou-se com 37 mil milhões de meticais, e até este momento se está com 40 mil milhões.