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Afogamento na praia da Costa do Sol não está associado ao consumo de álcool

A Procuradoria Geral da República (PGR) afirmou nesta quarta-feira  que o afogamento de um grupo de quatro jovens, ocorrido há duas semanas na praia da Costa do Sol, uma vez não está associado ao consumo de álcool.

Refira-se que numa conferencia de imprensa havida semana passada o Comandante da Policia Costeira, José Mandlate afirmou que  os jovens teriam sido vistos por um grupo de salva-vidas a consumirem bebidas com alto teor alcoólico.

”Naquele dia, os nossos homens passaram por onde estiveram os quatro jovens. Encontraram-nos a consumir bebidas alcoólicas, whisky e vinho. Não digo que foi a causa fundamental da morte. Mas pelo que temos constatado muitos que perdem a vida fazem-se às águas sob forte influência do álcool”,disse Mandlate.

O  porta-voz da PGR, Marcelino Vilanculos, que falava em conferência de imprensa, em Maputo, afirmou  que uma autópsia revela que em nenhum dos corpos dessas vítimas terá sido achado vestígios de álcool, o que a primeira vista, equivale dizer que a morte desses cidadãos não se deveu ao consumo de álcool. Aliás, as famílias das vítimas sempre recusaram-se a aceitar a teoria de que os seus entes queridos ter-se-iam afogado devido ao consumo excessivo de álcool.

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“ Segundo Vilanculos, o Comandante exprimiu uma opinião não baseada em nenhuma evidência.

Questionado se o comandante poderia ser penalizado devido ao teor das suas declarações, Vilanculos explicou que isso de forma alguma impediu o curso das investigações.

Vilanculos disse na ocasião que  depois de tomar conhecimento desta ocorrência, a PGR enviou uma equipa para apurar as condições em que se encontrava a praia da Costa do Sol.

“”Constatou-se que não foi colocada qualquer sinalização para alertar os que queriam banhar-se, alertando que naquelas zonas não se deviam tomar banho. Por isso, mesmo na terça-feira) a Procuradoria dirigiu um ofício ao Conselho Municipal, no sentido de colocar sinalizações”, disse.

Vilanculos referiu que foi ainda instaurado um processo com o propósito de apurar-se a existência ou não de infracções de natureza criminal.

” O trabalho de recolha de elementos probatório está ainda em curso e quando estivermos todos os dados, oportunamente faremos a questão de comunicar”, asseverou.

O afogamento ocorreu numa zona onde decorrem obras a cargo do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, que incluem escavações que culminaram com a abertura de poços ou covas, bem como declives acentuados, colhendo os banhistas incautos de surpresa.