O Ministério da Defesa Nacional realizou, na manhã desta sexta-feira (22), a VIII Reunião Anual de Adidos de Defesa Acreditados em Moçambique. Na ocasião foram acreditados novos Adidos Militares, nomeadamente de Angola, Argentina, Canadá, Egipto, Namíbia e Rússia.
A acreditação destes novos adidos insere-se no âmbito da colaboração de preservação da paz e da consolidação nacional.
Os novos adidos foram acreditados num momento em que o Governo de Moçambique e o partido RENAMO tem mostrado tendência a assinar acordos para que se chegue ao fim da tensão Político-militar que abala o país.
Teófilo João, Secretário Permanente do Ministério da Defesa Nacional, afirmou que o encontro visa reforçar a preservação da paz e a colaboração entre o Governo de Moçambique e os novos Adidos, no tocante ao Ministério da Defesa Nacional e das Forças Armadas de Defesa.
“É para nós, uma grande honra tomar parte deste evento que irá impulsionar a cooperação, aprofundar o conhecimento recíproco, entre as partes e melhorar a coordenação das acções entre as nossas Instituições de Defesa e Segurança. Este fórum, constitui um mecanismo privilegiado, através do qual o corpo de adidos oficiais das Forças Armadas da Defesa de Moçambique, abordem questões transversais e internacionais que preocupam a Segurança da nossa região (SADC), e do continente africano”, avançou o Secretario Permanente.
Por outro lado os seis adidos militares provenientes dos distintos países vêm reforçar as relações de amizade e cooperação existente entre as Forças Armadas de Moçambique e os países que eles representam.
Joaquim Massavanhane, chefe do gabinete de Adidos Militares do Ministério da Defesa, afirmou que “os Adidos Militares vão cooperar em todas as áreas, essencialmente na formação, exercícios, e também da formação da saúde Militar e de matérias Militares”.
Situação político militar do país
Ao longo do seu discurso, Teófilo João destacou a questão da paz e tranquilidade pública do país que vem sendo ameaçada supostamente pelos homens armados da RENAMO. Perante esta situação afiançou que se espera o encontro entre o presidente da República, Armando Guebuza e o líder da RENAMO, Afonso Dlakhama para assinarem o acordo de paz.
“Estamos a espera que o Governo e o Partido RENAMO se entendam nas negociações para devolver a paz aos Moçambicanos”, disse Teófilo João. Tendo acrescentado que Prevalece um clima de calma e de estabilidade, situação sustentada por um lado pela capacidade mostrada por Forças de Defesa e Segurança em responder com eficiência e eficácia aos inúmeros desafios que as emissões legalmente impõem.
Espera-se a Intervenção dos Estados na resolução de conflitos étnico-religioso, no combate ao terrorismo e resolução de conflitos para permitir que a população circule e vive em paz dentro dos seus países.
Moçambique está a registar avanços na resolução de conflitos políticos militares, através de acordos assinados entre Governo e a RENAMO que permitam restabelecer o bem-estar. A par disto pode-se associar a lei da amnistia já promulgada e aprovada pelo presidente da República, que já beneficiou alguns que cometeram crimes Militares.
“Os piores dias já passaram, apenas se espera que se finalize o resto dos acordos e formalizar o cessar-fogo que ainda continua a aterrorizar os cidadãos no país” destacou o Adido de Portugal em Moçambique.
Para que se cesse o fogo em Moçambique, estão a ser discutidos acordos que visam chegar ao fim através da lei das hostilidades, que será assinado pelo Governo e pela bancada da RENAMO, por outro lado espera-se que estejam observadores nas áreas de conflito.