Internacional Putin define metas diplomáticas

Putin define metas diplomáticas

O líder russo, Vladimir Putin, foi esta terça-feira, ao Ministério das Relações Exteriores participar de uma reunião com embaixadores e altos diplomatas russos para formular as principais tarefas da diplomacia nacional.

Estas tarefas não estão longe das actividades e propósitos que a Rússia vinha apostando nos últimos tempos, pois continua actuando a favor da consolidação da paz, manutenção da estabilidade e da segurança regional e global.

Num discurso longo Putin mostrou as dificuldades para o cumprimento de tais metas afirmando que “no mapa político do mundo vão surgindo regiões com uma instabilidade crónica. A falta de segurança se faz sentir na Europa, no Oriente Médio e Central, no Sul da Ásia, na região asiática do Pacífico e em África. Se vão cristalizando desequilíbrios sistémicos na economia mundial, na esfera de finanças e no comércio. Prossegue a erosão de valores morais e espirituais tradicionais.

O presidente russo certificou não haver dúvidas de que o modelo unipolar sofreu um fiasco, acrescentando que “os povos e países inteiros se declaram dispostos a definir e escolher seu destino, conservar a sua identidade civilizacional e cultural, o que entra em contradição com tentativas de alguns países de continuar dominando nas esferas militar, económica, financeira e ideológica”

Com relação ao apoio e a protecção às populações estrangeiras de língua russa, Putin disse que na Ucrânia os seus compatriotas, povo russo e pessoas de outras nacionalidades, a sua língua, cultura, direitos civis estão ameaçados. Questionou explicando a reacção do povo russo com relação aos acontecimentos que se vivem na Ucrânia.

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“Certamente que não podíamos deixar as pessoas e a Crimeia, Sevastopol nas mãos dos nacionalistas radicais e seus militantes”, referiu.

Ainda nesta reunião, o presidente russo acusou o seu homólogo ucraniano, Petro Poroshenko, de  “total responsabilidade” pela retomada formal dos combates no leste.

Sobre a Europa declarou que “Europa é o nosso parceiro comercial natural. Queremos garantir que vai haver novas oportunidades de cooperação empresarial. Para isso é necessário modernizar a base jurídica para a nossa cooperação, a estabilidade e a previsibilidade das relações. Principalmente na grande área de energia”.

Já em relação as ameaças dos Estados Unidos, Putin disse que o contrato com os EUA é de grande importância para todo o mundo, por isso, está pronto para um diálogo construtivo e que gostaria de sublinhar mais uma vez com uma base de igualdade de direitos .

Lembrar que, Barack Obama ameaçou o presidente russo com novas sanções se a Rússia não conseguir pôr fim à entrada de armas no país vizinho e se não retirar o seu apoio aos separatistas.