Moçambique em parceria com o governo dos Estados Unidos da América realizam durante uma semana, em Maputo um Exercício de Simulação sobre o Plano de Prontidão e Resposta às Calamidades que contribuirá para consolidar as medidas de prevenção com vista a responder positivamente a situações de emergência que têm afectado as comunidades.
Falando hoje em Maputo durante a sessão de abertura do seminário que decorre desde hoje até sexta-feira o Primeiro – Ministro Alberto Vaquina disse o pais tem participado activamente no programa de prontidão para respostas a desastres complexos apoiado pelo comando dos EUA para África desde 2009.
Segundo Vaquina Moçambique já se fez de um quadro institucional e de uma prática consolidada de gestão de calamidades a vários níveis incluindo experiências práticas de iniciativas locais, preparação de reservas quando há previsão de secas e simulações entre outras práticas.
” Por outro lado regista-se o aumento da consciência no seio da comunidade nos diversos níveis em relação grau do impacto dos desastres naturais sobre as famílias e comunidades e sobre as infra-estruturas e a economia. Por isso gostaríamos que houvesse em Moçambique e em outros países uma capacidade local de prontidão e respostas a desastres que permite evitar a perda de vidas humanas reduzindo o sofrimento das pessoas”, explicou.
O plano cuja visão e alcance cobre um período de 10 anos apresenta, segundo Vaquina, alguns indicadores que vão para além deste horizonte. As calamidades e os seus efeitos destruidores agravam a situação da pobreza, daí que o governo definiu a redução do impacto da vulnerabilidade às calamidades como assunto transversal na acção governativa.
Por sua vez, o encarregado de negócios da embaixada norte-americana no país, Mark Cassayre, o executivo da Casa Branca investiu, desde 2012, mais de um milhão de dólares americanos em apoio a actividades de resposta as calamidades no país.
” Esses planos representam o fruto do esforço de colaboração entre o governo dos Estados Unidos da América e o Governo de Moçambique para reforçar os esforços de prevenção de catástrofes para o povo de Moçambique”, referiu.
Segundo ele todos os países enfrentam calamidades, algumas muito graves. Muitas vezes, estas calamidades atravessam fronteiras ou cruzam o globo. A gestão de uma calamidade, tal como uma pandemia grave ou cheias, é um desafio transnacional e uma prioridade compartilhada dos Estados Unidos da América e a República de Moçambique. A nossa cooperação de segurança é apenas uma das várias maneiras que os Estados Unidos investem no povo moçambicano.
“O evento de hoje marca uma fase importante dos esforços de Moçambique para preparar-se para uma calamidade. Este seminário visa reforçar o Plano Nacional de Prontidão para Resposta a Pandemias e o Plano de Apoio Militar às Autoridades Civis nas Operações de Resposta a Desastres”, disse.
Cassayre referiu na ocasião que nos últimos 30 anos, houve mais de 75 calamidades em Moçambique. Anualmente, há em média 750,000 moçambicanos afectados. Os danos estimam-se em 25 milhões de Dólares por ano. Os planos visam mitigar estes danos humanos e económicos através duma melhor colaboração entre todos os actores nesta área.
“A fim de mitigar potenciais calamidades, a experiência mostrou o valor de uma estreita cooperação entre os líderes nacionais de autoridades militares e civis, bem como das organizações internacionais, organizações não-governamentais e outros grupos da sociedade civil. Todos estes actores desempenham papéis fundamentais na mitigação e recuperação de um desastre pandémico”, sublinhou.
O Director do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), João Ribeiro disse que este programa focaliza a prontidão para responder às pandemias e estimula o envolvimento de todas as entidades que intervêm no processo de gestão e resposta aos desastres naturais e artificiais.
“Com apoio dos EUA Moçambique realizamos essa simulação como forma de estarmos preparados para desastres que podem surgir e uma forma de nos prepararmos para que possamos dar uma resposta e prevenir certas acções quando temos esses fenómenos”, explicou.
A cerimónia conta com a participação de mais de 150 quadros do governo, militares e representantes de outros países parceiros do Comando dos EUA para África (AFRICOM).