Sociedade Congestionamento e terrorismo nas prisões dominam na 3ª Bienal da ACSA

Congestionamento e terrorismo nas prisões dominam na 3ª Bienal da ACSA

O congestionamento e terrorismo nas prisões, foram os temas que mereceram atenção na abertura da 3ª Conferência Bienal da Associação dos Serviços Correccionais Africanos (ACSA), que decorre desde hoje até quinta-feira, em Maputo.

A conferência tem como objectivo de promover a cooperação entre os Estados membros, inserido nos sistemas prisionais em África.

Em África, o Sector da Justiça é tida como uma das mais críticas no que diz respeito a tramitação dos processos de julgamento, o que constitui um caminho para a superlotação das cadeias.

Com base na criação da associação dos serviços correccionais, os representantes dos diversos países que compõe a agremiação, decidiram encontrar formas de minimizar o congestionamento nas instalações prisionais.

No caso de Moçambique, motivados pelo longo tempo de espera para o julgamento, encontramos as cadeias com capacidade de 7804 prisioneiros e actualmente estão encarcerados 15663 detidos, o que representa 200.7 % de processos que ainda estão por ser ouvidos.

Segundo o Comissário das Prisões no Sistema da Justiça da Nigéria, Osisioma Nwolise, é oportuno que os países membros pudessem adoptar meios de criar politica de descongestionamento e terrorismo nas cadeias, passando por alocar mais financiamentos para reduzir o número de reclusos.

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Falando aos delegados, Osisioma Nwolise fez a comparação com seu país numa altura   em que grosso numero dos membros do Boko Haram, são antigos reclusos das cadeias nigerianas.

Outra inquietação levantada pelos participantes, é o facto de se criar um tratamento condigno para pessoas na sociedade depois de cumprir sua pena na cadeira, uma vez que muitos deles acabam de se transformar em terroristas.

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Por sua vez o Comissário da Justiça do Uganda, Sam Rogers Wairagala, disse que Uganda é um dos países que demonstra um desempenho bastante positivo, virado ao tratamento dos reclusos nas cadeias, pelas iniciativas em colaborações que tem tido com certas organizações, o que ajudou na redução em 11 meses contra os anteriores 30 no tramitação dos processos-crime.

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Já a Especialista das Nações Unidas, na área da saúde publica sobre HIV/SIDA, combate ao crime e uso de drogas nas cadeias Margarete Molnar referiu  por seu turno que o tratamento medico dos reclusos nas cadeias é pertinente, uma vez que reduz-se a transmissão de doenças infecto-contagiosas, como HIV/SIDA, Tuberculose e outras com origem no consumo de drogas.

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A Responsável dos Serviços Correccionais da Namíbia, Marianna Martin, disse que para além de traçar estratégias de tratamento saudável dos reclusos em instituições prisionais em África, urge a necessidade de pensar no enquadramento destes nas comunidades, com perspectivas de colher resultados concretos e úteis para as famílias e sobretudo nas sociedades.

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Associação dos Serviços Correccionais Africanos (ACSA), uma entidade intergovernamental constituída em 2008 em Livingstone, Republica da Zâmbia,