A construtora portuguesa “Britalar” vai ter de reabilitar de novo a Av. Julius Nyerere, depois da autêntica fraude que foram as obras por si feitas, em que já está tudo degradado antes mesmo da inauguração.
Segundo o vereador do pelouro das infraestruturas no Conselho Municipal da cidade de Maputo, Victor Fonseca, a empresa portuguesa usou asfalto sem qualidade na reabilitação daquela avenida.
O CanalMoz tem estado a seguir o caso desde o ano passado. A degradação daquela via mesmo antes da conclusão da obra deve-se à má qualidade do asfalto usado na pavimentação do troço durante as obras de reabilitação, num percurso de um quilómetro e meio, que vai da Praça do Destacamento Feminino até ao Bairro Sommerschield II.
Na altura, o director-geral da “Britalar”, Alexandre Almeida, negou categoricamente que a degradação estivesse ligada à qualidade do asfalto usado na pavimentação da via, mas devia-se sim, na versão dele, ao facto de a mesma estar atravessada por drenos antigos, os quais, por estarem danificados, deixam escapar água negras e pluviais, sendo essa a causa de se criarem buracos no troço.
Mas a diferença de opinião entre o Conselho Municipal e a empresa levou as duas instituições a retirarem amostras do asfalto usado, para serem analisadas em laboratórios especializados para o efeito.
Essas amostras foram submetidas a análise em três laboratórios de diferentes instituições, nomeadamente o laboratório das Engenharias da Universidade Eduardo Mondlane, um laboratório de Portugal e um laboratório privado nacional.
Segundo o vereador das infraestruturas no Conselho Municipal da cidade de Maputo, os resultados das três análises confirmaram que o asfalto usado era inadequado, ou seja, não tinha mesmo qualidade, tal como havia sido constatado pelo fiscalizador da obra, neste caso o Conselho Municipal da cidade de Maputo.
Assim, a partir do mês de Maio, a “Britalar” deve reabilitar de novo o troço degradado, e só posteriormente irá concluir as obras de toda a via até à Praça dos Combatentes. Estava previsto que as obras terminassem em Janeiro passado. Com esta situação, o prazo foi estendido para Outubro próximo, contrariando deste modo o programa inicial.