Sociedade Cobras “misteriosas” criam baixas nas FADM

Cobras “misteriosas” criam baixas nas FADM

Desde que as tropas conjuntas das Forças Armadas de Moçambique (FADM) e da Intervenção Rápida (FIR) tomaram de assalto a base e a residência do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, em Sadjundjira, em Outubro passado, episódios de militares que são picados por alegadas cobras “misteriosas”, que depois desaparecem, têm sido recorrentes. É uma rocambolesca história que está – há já muito tempo – a meter medo a militares, até que decidiram contá-la.

Segundo contaram-nos os militares, as referidas cobras só estão na circunscrição da base e é só por aí onde actuam de preferência, e as vítimas são os destacados para guarnecer a base. “Nas últimas semanas pelo menos quatro soldados foram picados”, conta-nos um comandante.

Segundo contou ao Canalmoz um dos comandantes da FADM afecto a Sadjundjira, por várias vezes já tentaram, sem sucesso, achar as supostas cobras.

Na semana antepassada, segundo a fonte, pelo menos oito soldados foram evacuados de emergência para o Hospital Rural da Gorongosa e, posteriormente, transferidos para o Hospital Central da Beira, em consequência de picadas das referidas cobras. Os referidos agentes perderam a vida na Beira. “Ficámos a saber que aqueles colegas perderam a vida na Beira, mas não sabemos se os corpos estão na morgue do Hospital Central da Beira”.

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Ataques armados

Em relação à situação militar, a nossa fonte conta que a troca de tiros entre os homens da Renamo e as tropas governamentais nunca parou. Em relação à base de Sadjundjira, a fonte diz que as tropas governamentais só permanecem lá durante o dia. “À noite, retiramo-nos para um lugar seguro”.

Na regiões de Vunduzi, Canda, Tazaranda, Mucodza, Nhataca e Morombodzi estão várias famílias que fugiram dos confrontos que se intensificaram nos últimos dias. A população vive dias difíceis e apela às duas partes para se entenderem, para acabar com o sofrimento.

Administrador diz que não fala de assuntos militares

Em contacto com o Canalmoz, o administrador do distrito da Gorongosa, Paulo Madjacunene, pediu-nos para que não fizéssemos perguntas sobre o espectro de guerra civil que se vive naquela região. “ Se o senhor jornalista quer saber de cheias, água, população, eu estou disponível para falar. Mas sobre a situação militar, não posso. Fale com as FADM ou a Polícia.