Sociedade Saúde Complicações de parto matam 11 mulheres por dia em Moçambique

Complicações de parto matam 11 mulheres por dia em Moçambique

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O quadro é dramático. Cerca de 11 mulheres morrem por dia e perto de 4 500 mulheres morrem por ano em Moçambique, devido a casos relacionados com a gravidez, parto e pós parto. Estes números assustadores estão basicamente sustentados à hemorragia após parto, sépsis puerperal, a eclâmpsia, a ruptura uterina, devido ao trabalho de parto prolongado ou obstruído e abortos.

Este triste quadro foi apresentado esta quarta-feira pelo ministro da Saúde, Alexandre Manguele, que disse que estas mortes podem ser totalmente evitadas se as mulheres grávidas utilizarem métodos modernos de planeamento familiar para poderem espaçar os nascimentos e se o parto for assistido em unidades sanitárias. Mas acontece porém que a maior parte dos casos de mulheres que perdem a vida por problemas de gravidez registam-se em lugares onde percorre-se quilómetros a pé à procura de uma unidade sanitária. Muitas delas morrerem a caminho do hospital, ou à espera de serem atendidas.

O objectivo do Milénio número 05 preconiza a redução até 2015 para 250 mortes maternas por cada 100 mil nascimentos vivos. Mas em Moçambique dados disponíveis indicam que por cada 100 mil nascimentos vivos morrem 408 mulheres.

Em relação à morte de recém-nascidos até 28 dias de vida ou mortalidade neonatal, o País têm registado uma redução do número de mortes de 59 por 1000 nascimentos em 1990 para 34 por 1000 nascimento em 2011.

Dados oficiais indicam que Moçambique ainda tem uma taxa de prevalência de contracepção em métodos modernos, considerada muito baixa. Em 1997 em cada 100 mulheres casadas ou unidas apenas cerca de 5 estavam a usar métodos de planeamento familiar, tendo aumentado em 2003 para cerca de 12 mulheres e reduzido em 2011 para 11 mulheres.

O Ministério da Saúde diz que a falta de informação correcta, crenças tradicionais e mitos em relação ao planeamento familiar, e fraco envolvimento dos homens, particularmente em relação à utilização de métodos modernos são as principais barreiras do planeamento familiar.