Sociedade Criminalidade São Dâmaso: “Gang” assalta residência e apodera-se de 11 mil Mts

São Dâmaso: “Gang” assalta residência e apodera-se de 11 mil Mts

O assalto, que agravou o ambiente de pânico que se vive naquele bairro do Município da Matola, há mais de um mês, deu-se pouco depois da meia-noite, altura em que os meliantes arrombaram a porta principal da residência pertencente a um jovem que se encontrava a dormir com a filha, uma menor de seis anos de idade.

Segundo conta a vítima, identificada por Pinto dos Santos, de 37 anos de idade, os meliantes taparam-no a boca com um lenço, ataram os seus braços e as pernas com recurso a um fio e fita isoladora, como forma de pressionar o dono da casa a fazer as suas vontades.

De seguida, a “gang” exigiu que o jovem os entregasse dinheiro – 11 mil meticais – e chaves da sua viatura. Perante alguma resistência, os malfeitores submeteram a sua vítima a sevícias, incluindo espancamento, até que se viu sem hipótese, acabando por ceder a quantia exigida.

“Depois de os passar o dinheiro, exigiram-me cartões do banco e os respectivos códigos de segurança e quando disse que não tinha agrediram-me, usando armas que penso serem AKM´S. Por instantes pensei que tivesse chegado o dia da morte”, contou Pinto dos Santos, ainda chocado com os momentos de terror vividos na madrugada daquele dia.

Nesse instante, a filha de Pinto de seis anos acordava e ao ver o cenário pôs-se aos gritos, pedindo socorro, ao que os bandidos responderam com ameaças de morte à menor caso o pai não quisesse entregar os documentos da viatura. Depois arrastaram o homem até ao quintal da casa, próximo do local onde se encontrava estacionada a viatura. Quando tentava pedir socorro, foi amarrado a boca com recurso a uma gravata.

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“Deixaram-me amarrado próximo do carro e fugiram numa viatura de marca Toyota Hiace. Pouco depois das 3.00 horas fui socorrido por um vizinho que passava. Entramos em contacto com a Polícia que prometeu mandar uma viatura de piquete mas esta nunca chegava e ao insistirmos um dos agentes acabou-nos dizendo estranhamento que a corporação não tinha avião”, lamentou o jovem.

A chefe do quarteirão, Marta Zucula, acrescentou que esta não é a primeira vez que aquela casa é vítima de roubo, sendo que das outras vezes os indivíduos não lograram os seus intentos graças a pronta reacção dos vizinhos e do dono da casa.

“Nós pedimos a intervenção da Polícia para que casos desta natureza sejam eliminados e que possamos ter noites tranquilas no bairro”, apelou Zucula.

Sobre o caso, a Polícia da República de Moçambique (PRM) a nível da Província de Maputo prometeu pronunciar-se hoje.