A estratégia consiste no aproveitamento de recursos florestais apreendidos aos operadores ilegais nos diversos postos de fiscalização ao longo da Estrada Nacional Nº 1 e em outros pontos da província de Inhambane, tendo em vista solucionar a exiguidade de carteiras nas escolas, promoção da saúde e higiene escolar, incentivar a libertação de iniciativas locais na produção de carteiras e contribuir para a melhoria do aproveitamento pedagógico.
No lançamento deste projecto em Agosto de 2012, apenas 141.124 alunos, o equivalente a cerca de 32.4 por cento de 428.712 do total dos efectivos escolares matriculados na província nas escolas públicas, tinham carteiras contra 287.588 que escreviam sobre o joelho, quer em salas convencionais, de construção precária, quer ainda debaixo de árvores.
De acordo com a informação apresentada pelo sector da Educação e Cultura nos trabalhos da XIII sessão ordinária do governo provincial realizada semana passada, a estratégia “Tirar as nossas crianças do chão”, iniciou com o levantamento do potencial do equipamento e de recursos humanos, materiais e financeiros existentes nas diferentes instituições de ensino profissional seleccionados para o efeito.
Com efeito, as escolas profissionais de Cambine, no distrito de Morrumbene, Estrela do Mar, em Inhassoro, de Massinga, Mabote e Inharrime, foram identificadas como sendo as instituições que estão a introdução nas actividades curriculares para os cursos vocacionados ao aproveitamento de madeira serrada em toros para desenvolver actividades práticas. Nestas escolas são igualmente reparadas algumas unidades.
Com efeito, no primeiro semestre deste ano foram alocados 140 barrotes e 564 toros correspondentes a 10.945 metros cúbicos de madeira apreendida nos postos de fiscalização de Save, no distrito de Govuro, e ainda nos distritos de Funhalouro, Mabote e Inharrime. Com estes recursos foram fabricados 6.944 carteiras pelos alunos e algumas serrações igualmente identificados no quadro de responsabilidade social.
Ainda naquele período, por iniciativa dos governos distritais foram produzidas 6.994 unidades entre carteiras e bancos fixos com recurso a vários materiais, tábuas de coqueiro, madeira vária, troncos, estacas e ainda com o cimento. Esta actividade permitiu que 26.338 alunos deixassem de sentar no chão.
O sector da Educação e Cultura, em Inhambane, tem como perspectivas com aquele projecto que até 2016 todas escolas da província estejam equipadas de carteiras de diferentes qualidades. Esta iniciativa insere-se igualmente nas acções em curso no país, visando a melhoramento da qualidade de ensino.