A greve iniciou na manhã de hoje, em Maputo, onde dezenas de trabalhadores do Grupo MBS, pertencente ao magnata Momade Bachir Selemane (MBS).
Os trabalhadores, desde às 8 horas de hoje amotinaram-se de fronte de uma das mais antiga e principal loja do grupo, localizada na avenida Eduardo Mondlane, zona da Belita, denominada “Kayum Electronics 3”, a antiga“Zeinab Têxteis 1”.
A loja está encerrada, com ordem das autoridades que legaliza a greve, fixada na porta de entrada principal.
Dísticos com palavras de protestos contra “racismo” e pedido de “socorro à Ministra do Trabalho, Helena Taipo” tapam os produtos de montra, nas vitrinas.“A empresa não desconta para a segurança social. Sabe que a segurança social é a coisa mais importante para um trabalho porque lhe garante tranquilidade na velhice”, disse à nossa fonte, Gildo Machaieie, um líder sindical do grupo.
“Mandaram embora nossos colegas que estiveram a reivindicar os nossos direitos. Pensavam que resolveram o problema, mas continuam a violar os nossos direitos”, acrescentou.
Machaieie fala ainda de falta de assistência médica e medicamentosa, falta de tratamento digno aos trabalhadores, não aumento salarial, entre outros problemas.
Patronato evita trabalhadores
“Não queremos falar com colegas, queremos falar com patrão”, esta é uma das mensagens no dístico colado nas vitrinas da loja.
“É que o patrão não nos quer enfrentar. Não há diálogo. Sempre manda colegas para nos atenderem e nunca resolvem nada”, disse ao Canalmoz uma trabalhadora do MBS em greve.
No local ninguém está a representar o patronato senão seguranças da empresa que não aceitaram falar à Imprensa.
Esta é a segunda vez em dois meses que os trabalhadores do grupo se amotinam em reivindicação dos seus direitos. O Grupo MBS emprega cerca de 2 mil trabalhadores.