O Ministério moçambicano do Turismo (MITUR) e a Fundação Joaquim Chissano assinaram hoje, em Maputo, um memorando de entendimento para o estabelecimento de uma parceria na conservação da natureza e diversidade biológica e no combate à caça furtiva de espécies de fauna bravia protegidas no país.
O memorando deriva da crescente caça furtiva de espécies protegidas, em particular do rinoceronte e do elefante, em vários Parques e Reservas Nacionais, com especial incidência no Parque Nacional do Limpopo e áreas adjacentes, incluindo no ‘Kruger national Park’ na África do Sul.
A caça furtiva agravou o perigo de extinção destas espécies no país, aliado ao crescimento galopante do tráfico ilegal dos troféus extraídos destas espécies faunísticas, designadamente cornos de rinoceronte e pontas de marfim do elefante, ditado por uma cada vez maior demanda dos mesmos nos mercados internacionais.
Com o entendimento pretende-se adoptar todas as medidas necessárias para se estancar a caça furtiva, em Moçambique.
Assim sendo, as partes concordaram trabalhar em conjunto nas áreas de desenvolvimento comunitário; mobilização de recursos para apoio à fiscalização das áreas de conservação; e estudos e pesquisas.
Compete à Fundação Joaquim Chissano mobilizar os recursos materiais, tecnológicos e financeiros necessários ao combate eficaz à caça furtiva de modo a que Moçambique deixe de ser usado como campo de recrutamento, treino e utilização de caçadores furtivos, bem como de zona de trânsito dos troféus obtidos ilicitamente.
Esta fundação, cujo patrono é o antigo estadista moçambicano, deve ainda passar a apresentar estudos aprofundados sobre a problemática da caça furtiva do rinoceronte e do elefante, do tráfico ilegal de seus troféus e medidas a adoptar para a erradicação desta actividade e que garantam a segurança das áreas de conservação e zonas adjacentes.
Implementar programas e projectos de desenvolvimento económico, social e cultural para o benefício das comunidades residentes nas áreas de conservação e zonas adjacentes, com o objectivo de combater a pobreza extrema, e realizar estudos e pesquisa sobre temas relevantes à melhor protecção e desenvolvimento das áreas de conservação, são outras das atribuições da Fundação Joaquim Chissano, a luz do entendimento hoje rubricado.
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