O mineiro moçambicano agredido com recurso à arma branca na mina Anglo-Gold Ashanti, em Klerksdorp, República da África do Sul (RAS), no passado dia 20 de Abril, encontra-se fora de perigo.
Entretanto, mineiro ainda se encontra internado no Hospital de Orkney, segundo asseguraram os médicos que o acompanham.
Trata-se de Emílio Faife, de 57 anos de idade, surpreendido juntamente com outros dois colegas, a caminho do seu posto de trabalho, às 03h00 da madrugada, por um grupo de cinco indivíduos, que se presume sejam membros de uma das associações sindicais em disputa na região para a representatividade dos trabalhadores das companhias mineiras naquele país vizinho, nomeadamente a UASA; NUM; AMCU e a Solidarity.
Segundo o comunicado do Ministério do Trabalho, a vítima e os outros colegas, alvos de intimidação, foram apontados como traidores por um dos quatro sindicatos que actuam no ramo mineiro, ao irem trabalhar num sábado, alegadamente por estar em curso uma campanha visando a abolição deste dia como laboral. Entretanto, sábado foi sempre um dia de trabalho nas companhias mineiras sul-africanas (até ao meio-dia), regulado por acordo colectivo.
Faife, natural de Inhambane, está na companhia mineira Anglo-Gold Ashanti há 24 anos, tendo, antes, trabalhado na Companhia mineira ERPM, por um período de 14 anos.
O mineiro manifestou o desejo de regressar a Moçambique, definitivamente, onde residem os seus nove filhos, facto que levou a delegação do Ministério do Trabalho na RAS a efectuar, imediatamente, contactos nesse sentido, bem como para garantir que o trabalhador beneficie de tudo quanto tem direito, nomeadamente, salários e outras regalias no contexto do seu tempo na empresa – reforma antecipada -, para além da assistência médica periódica que a empresa garante, face aos ferimentos contraídos, bem como outras doenças profissionais, caso os resultados de exames realizados assim as confirmem.
O País