A Texto Editores, empresa do grupo português Leya, está a promover uma campanha para a mobilização de estudantes, professores e outras pessoas interessadas em escreverem romances policiais, considerando que em Moçambique “existem muitos temas quentes a investigar”.
“Estou à procura desde 2008 de alguém que me escreva um romance policial. Nós temos muitos temas quentes em Moçambique, por favor investiguem, façam ficção e tragam-me a obra”, disse Stela Morgadinho, directora editorial da Texto Editores, em Nampula.
Stela Morgadinho considerou que grande parte dos escritores moçambicanos não se interessa pelos temas policiais. “Todo o mundo quer escrever poesia. Por isso, poucas obras são publicadas em poesia porque é muito difícil de ser escrita e lida”, referiu aquela responsável, numa interacção com os estudantes e professores da Universidade Lurio, instituição pública de ensino superior, com representação na região norte do país.
A representante da Texto Editores em Moçambique afirmou, igualmente, que a sua instituição está à procura de teses de doutoramento e mestrado que estejam ligadas à realidade moçambicana.
“Infelizmente, de 2010 até este momento não recebemos um pedido de alguém que tenha doutorado ou mesmo, uma licenciatura, que nos tenha apresentado a sua tese para, em conjunto, vermos se aquilo tem qualidade para ser publicado”, lamentou.
A fonte afirmou, por outro lado, que a instituição que dirige está também a promover um concurso de histórias infantis, dando preferência às relacionadas com a história de Moçambique e que os prémios são “extremamente aliciantes”.
RM