Sociedade TPM: mas que solução

TPM: mas que solução

Vem isto a-propósito de um machimbombo da empresa pública TPM, conhecido por “29”, marca “Yutong”, que faz o trajecto Praça dos Combatentes-Magoanine no qual foi untado, deliberadamente, no seu interior, óleo queimado e massa lubrificante, tendo por finalidade impedir que passageiros possam se sentar numa espécie de caixa que cobre o motor daquele tipo de autocarro que se localiza na parte traseira. Normalmente, naquele lugar acomodam-se quatro a cinco pessoas.

Víamos, como dissemos anteriormente, este tipo de coisas em muros de residências de singulares, para impedir certas acções de transeuntes, mas nunca imaginámos que uma entidade pública também enveredasse por essa.

Não percebemos como é que a Empresa Municipal dos Transportes Públicos de Maputo (EMTPM), ex-TPM, tenha tido a ideia de pintar com óleo queimado numa parte do autocarro para impedir a sua ocupação pelos passageiros.

TPM: mas que solução!

É verdade que esta medida pode ter vindo para erradicar de uma vez por todas as constantes violações de passageiros que nunca acataram aos sucessivos apelos do pessoal de bordo da empresa, para que não se sentassem naquele lugar para o qual recorrem em autocarros, cujos cobradores e condutores nunca respeitaram a lotação das viaturas.

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O “As coisas que não estranhamos” de hoje gostaria de saber de quem terá sido esta “iniciativa” numa empresa de dimensão da EMTPM.

Já se imaginou quanta gente terá ficado prejudicada ao apanhar esse machimbombo “29” e se sentou inadvertidamente neste óleo queimado? Seguramente que há pessoas que “caíram” nessa massa queimada quando se deslocava ao local de trabalho ou à escola.

Será que não tinham outra solução, senhores dos TPM? Para nós havia, sim. Uma delas poderia ser a aplicação de uma multa aos passageiros que ousassem se sentar naquele lugar impróprio, como tem acontecido quando os utentes são surpreendidos sem bilhete pela fiscalização no meio da viagem.

abemos que a penalização tem levado a que as pessoas procurem pelo cobrador para pagar o seu bilhete logo que entrem no autocarro.