Sociedade Meio Ambiente Ilha de Moçambique livre do fecalismo a céu aberto

Ilha de Moçambique livre do fecalismo a céu aberto

Segundo Alfredo Matata, presidente da edilidade, para alcançar tal feito, as autoridades municipais precisaram de dois anos (2008/9), tempo despendido para mobilizar e sensibilizar diferentes segmentos sociais locais, sobre a necessidade de colocar fim ao fecalismo a céu aberto, uma prática que era tida como socioculturalmente imbuída nas comunidades ali residentes.

“Levamos de facto dois anos a gerir este problema, para que tal desejo se materializasse tivemos que envolver as congregações religiosas, o pessoal da saúde que durante as consultas falava das consequências do fecalismo, o mesmo aconteceu com relação aos professores nas escolas, é óbvio que não faltaram detractores que, felizmente, hoje estão connosco e já desfrutam dos frutos positivos do fim do fenómeno do fecalismo a céu aberto na Ilha de Moçambique”- explicou Matata.

Para além desta componente de contacto interpessoal, o Conselho Municipal teve de reabrir 9 sanitários públicos (com a capacidade de 12 latrinas e lavabos) que se encontravam encerrados por avaria ou mau uso.

Ilha de Moçambique livre do fecalismo a céu aberto

Neles, foram afectos alguns funcionários que tem a responsabilidade de cuidar da higiene daqueles locais para além de se encarregarem pelo abastecimento de água para os utentes. “Tivemos que fazer algum investimento que não nos arrependemos”-explicou a nossa fonte.

O sector privado foi igualmente chamado a complementar o trabalho, com a construção de alguns estabelecimentos de restauro e lazer ao longo da costa, concretamente nas praias de “Copacabana”, “Areal”, “Fortaleza” e na zona de “Celeiro”, este último considerado maior porto de pesca daquela circunscrição territorial.

Com efeito, segundo constatou a nossa Reportagem, hoje é possível as pessoas passearem pela contra-costa da Ilha de Moçambique sem serem confrontadas com filas de moradores de diferentes sexos e faixas etárias, a fazer necessidades maiores.

No lugar daqueles, vimos banhistas e alguns jovens a praticar actividades desportivas nas praias, facto que era impensável há quatro anos atrás.

“Temos igualmente promovido campanhas de limpeza e de sensibilização sobre a necessidade do uso de latrinas ou sanitários públicos construídos em certas zonas do município”- destacou a nossa fonte.