Sociedade Criminalidade Expulso polícia que matou “chapeiro”

Expulso polícia que matou “chapeiro”

O afastamento do agente Inocêncio Francisco, 21 anos de idade, segue-se a um processo disciplinar em curso contra si.

Inocêncio Francisco era Guarda de Polícia Estagiário acabado de ingressar nas fileiras da corporação, segundo informou Pedro Cossa, porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM).

O guarda está detido numa das celas da 7.ª Esquadra, indiciado de homicídio, uso excessivo da força em circunstâncias plenamente descabidas, o que não faz, segundo Pedro Cossa, parte dos métodos de nenhum agente da PRM.

“Não temos nenhum agente da Polícia treinado para matar. Ele deve guiar-se por regras da corporação e com toda a sua capacidade de compreensão, tolerância e não pode ser o primeiro a exaltar-se e recorrer à força”, comentou Cossa.

Expulso polícia que matou “chapeiro”

Durante o habitual encontro com a Imprensa, a fonte acrescentou que do resultado do inquérito, apurou-se que Inocêncio nem se quer tinha autorização do seu superior para efectuar o disparo.

O condutor de “chapa da rota Museu-T3, Alfredo Tivane, de 31 anos, encontrou a morte cerca da 1.00 hora de madrugada da quinta-feira quando, no fim de mais uma jornada, ia parquear a viatura, de marca Toyota Hiace, na 7.ª esquadra da Polícia, altura em que foi interpelado por três agentes da corporação.

Recomendado para si:  Sofala: Onda de assaltos a escolas compromete preparação de exames em Gorongosa

Os polícias, que na altura se faziam transportar numa viatura pertencente àquela subunidade policial, bloquearam o “chapa” e acusaram o jovem de fazer ralis, tendo-o exigido três mil meticais para não o deter.

Na tentativa de negociar a redução do valor que os polícias o queriam extorquir, os agentes não aceitaram a proposta do condutor. Este engrenou a retaguarda, mas quando ia arrancar um dos agentes alvejou-o a tiro na cabeça. Já ferido, a viatura que conduzia foi embater numa pequena mercearia, imobilizando-se. Na altura, o jovem fazia-se acompanhar pela namorada que deu a conhecer o facto à família.