Sociedade Criminalidade Baleado pela polícia: Condutor do “Chapa” foi ontem a enterrar

Baleado pela polícia: Condutor do “Chapa” foi ontem a enterrar

A cerimónia, bastante concorrida, contou com a presença de familiares, colegas de profissão do malogrado, amigos, para além de agentes da Polícia destacados para acompanhar o cortejo fúnebre.

A cerimónia decorreu num ambiente de muita emoção, mas também de inconformismo, com os presentes a lamentarem a forma bárbara como o jovem Alfredo Tivane encontrou a morte.

Pessoas entrevistadas pelo nosso Jornal foram unânimes em afirmar que a actuação dos agentes da Polícia da 7ª esquadra da PRM, no bairro T3, sempre foi má porque não é a primeira vez que os agentes matam cidadãos inocentes.

Acrescentaram que para além de disparar mortalmente contra pessoas inocentes, os agentes daquela subunidade policial fazem cobranças ilícitas a cidadãos encontrados sem bilhetes de identidade (BI) durante as suas patrulhas nocturnas.

Em contacto com a nossa Reportagem, Francisco Zacarias, colega de profissão do finado, disse que a morte de Tivame representa uma grande perda porque deixa um vazio no seio do seu grupo.

Baleado pela polícia: Condutor do “Chapa” foi ontem a enterrar

Por seu turno, Augusto Tivane, irmão mais velho do malogrado, disse estar agastado com a situação e pede justiça. “O que aconteceu foi uma grande injustiça, daí que pedimos a quem de direito para fazer justiça”, precisou.

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Recorde-se que Alfredo Tivane, condutor de “chapa” na rota Museu-T3, encontrou a morte cerca da 1.00 hora de madrugada da quarta-feira, quando, no fim de mais uma jornada ia parquear a viatura, de marca Toyota Hiace, na 7ª Esquadra da Polícia.

Foi nesse instante que terá sido interpelado por agentes, que na altura se faziam transportar num carro pertencente àquela subunidade policial. Os polícias bloquearam o seu veículo e o acusaram de promover ralis, tendo-o exigido três mil meticais em troca de liberdade.

Tivane, 31 anos de idade, terá tentado negociar para menos de três mil meticais, o que a Polícia não aceitou. O malogrado fez então uma manobra que levou a Polícia a acreditar que se tratava de uma tentativa de fuga. Foi nesse instante que um deles disparou, alvejando o jovem. Ele deixa viúva e dois filhos.