Segundo disseram à nossa Reportagem, os trabalhadores da Nautilus exigem apenas um tratamento condigno por parte do gestor e sua esposa que constantemente ameaçam lhes despedir por alegadamente serem novos donos daquele empreendimento.
“Nós estamos cansados pelas injustiças. Viemos aqui em busca do pão e por sermos pobres não somos merecedores de um tratamento desumano e cruel tal como acontece neste estabelecimento. O cúmulo para nós foi a brutalidade com que o nosso colega foi tratado terça-feira. Isso deixou-nos chocados e receando que venha a repetir-se resolvemos paralisar o trabalho”, disseram.
Disseram ainda que naquele estabelecimento, as trabalhadoras são praticamente proibidas de engravidar sob risco de perder o emprego.
Entretanto, o gestor daquele estabelecimento refuta as alegações dos trabalhadores e, sobretudo, as do jovem que se diz ter sido agredido na terça-feira. Segundo ele, não correspondem à verdade.
“Não houve nenhuma situação de agressão física. O jovem pura e simplesmente comportou-se mal lá na cozinha, repreendemo-lo e ele criou um mau clima em frente dos clientes. Foi daí que o suspendi por dois dias e mandei abandonar as instalações. Tendo se recusado, pedi a segurança para o retirar à força. Apenas isso e mais nada”, explica.
Entretanto, depois de um encontro entre o Ministério de Trabalho, o patronato e representantes dos trabalhadores chegou-se a um acordo que ditou a retomada da actividade, na esperança de haver esta manhã um encontro com a massa laboral.