Segundo a coordenadora da terminal, Inês Infante Mindo, as enxurradas fizeram com que apenas 511 viaturas garantissem o transporte às províncias na última semana e o corte da ponte veio piorar o cenário.
“Tivemos um decréscimo de viaturas a transitarem para as províncias, apenas as de Ressano Garcia e que vão para antes de Chicumbane, na província de Gaza, é que estavam a circular sem limitações. O fluxo de viajantes também baixou e muitos carros estão parados desde o início das enxurradas”, afirmou Inês.
Esta situação é totalmente contrária a que se assistia durante a quadra festiva, onde milhares de cidadãos não conseguiam viajar por falta de viaturas de carreiras interurbanas. Os transportes eram quase inexistentes para o número dos utentes que procurava passar as festas juntos às suas famílias e isso está a criar um mal-estar nos passageiros.
“Em Dezembro tínhamos uma média de 800 e 900 viaturas que garantiam a ligação com o resto do país, mas a tendência actual é reduzir. A média de viaturas que parte da “Junta” para o mês de Janeiro é de 220 carros, número que pode aumentar durante o fim-de-semana prolongado de 3 de Fevereiro e a retomada da circulação na EN1”, acrescentou.
Questionada sobre as carreiras que terão ficado prejudicadas resultante do corte da ligação com o resto do país através da EN1, a nossa fonte disse não haver ainda mecanismo para o controlo do fluxo de entrada de viaturas porque parte delas acontecem depois do encerramento dos serviços.
“O que acontece é que temos um horário em que terminam o carregamento de passageiros, altura em que encerramos. As que vêm das províncias descarregam os passageiros e dirigem-se a parques privados para manutenção, mas agora estamos a criar um sistema para o controlo de entradas e acreditamos que dentro de dias poderemos dar informações mais apuradas”, explicou a coordenadora.