Da Praça a Missão Roque – Vendedores acolhidos em novos mercados

Uma das razões que ditavam a permanência dos vendedores era a utilização pelos transportadores inter-provinciais como terminal rodoviária, facto que levou as autoridades a fixar sinais verticais que proíbem tal prática. A nossa Reportagem visitou Missão Roque no princípio da manhã de ontem e verificou que apenas um e outro comerciante é que voltaram ao sítio depois dos confrontos com a Polícia Municipal, terça-feira.

Ao que soubemos, os outros já ocuparam pequenas bancas nos mercados George Dimitrov, anexo ao Grossista do Zimpeto, Drive-In e Terminal Internacional da Junta. Segundo Arnaldo Monteiro, director de Mercados e Feiras no Conselho Municipal de Maputo, não havia razões de oposição por parte dos negociantes por se tratar de um assunto que lhes fora comunicado nos meados de 2012.

“Eles foram informados que deviam abandonar a Praça, mas continuavam porque ainda servia de Terminal para alguns autocarros inter-provinciais. Com a inauguração do terminal da Junta, houve necessidade de pôr fim ao local, portanto não foi nenhuma surpresa eles”, explicou.

Para Monteiro, a remoção do pequeno mercado deve-se ao facto de não reunir condições para acolher os comerciantes, visto que constitui um atentado a sua própria saúde. A falta de sanitários e de depósito de lixo são algumas das razões que ditaram a extinção do mercado pelo município.

“Não foi uma acção muito bem coordenada entre a vereação de mercados e a polícia municipal, era só uma questão de tempo e os comerciantes haviam de se reintegrar nos mercados já existentes. Alguns deles já conheciam o seu espaço e os outros serão encaminhados em curto espaço de tempo”, concluiu.