“Há muitas armas em mãos alheias e infelizmente algumas delas pertencem a forças militares ou mesmo à Polícia. Recentemente, tivemos um caso de quadros das Forças Armadas (FADM) envolvidos na comercialização de armas, facto que está longe do controlo da Polícia”, explicou Mudumane.
Falando durante o habitual encontro com a Imprensa, o porta-voz fez referência ao facto de só nos últimos meses terem se registado pelo menos quatro casos de assalto com recurso àquele instrumento.
A título de exemplo, um homem de nacionalidade ruandesa, cuja identidade a Polícia não nos facultou, quase perdia tudo na madrugada de sábado, no bairro de Zimpeto, ao ser “visitado” por uma quadrilha perigosa munida de arma de fogo.
A intenção dos meliantes, até aqui a monte, era retirar-lhe tudo, desde dinheiro, viatura e o que fosse possível carregar, tendo valido a presença da Polícia no local, que foi a tempo de impedir que o pior acontecesse.
O caso deu-se quando o grupo, munido de uma pistola de marca Macarov, invadiu a residência do ruandês, ameaçando os que lá se encontravam e apoderou-se de dinheiro no valor de 86 mil meticais, 70 dólares norte-americanos e uma viatura de marca Toyota Corolla, matrícula ACE-799 MP.
“Só que quando os gatunos se aperceberam da presença policial efectuaram disparos e os agentes reagiram. Durante a troca de tiros, aqueles abandonaram a viatura e a pistola contendo oito munições no seu carregador e puseram-se em fuga”, disse o porta-voz.
A nossa fonte garantiu, entretanto, que uma equipa da 17ª esquadra da Polícia está a trabalhar no caso para a neutralização dos meliantes e recuperação do dinheiro roubado.