O porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Cabo Delgado, Malva Brito, e o administrador do distrito de Chiúre, Carlos Nampava, confirmaram o facto. Porém, as suas informações são divergentes, segundo a Rádio Moçambique, que cita o jornal Notícias na sua edição de sábado.
Malva Brito falava de em nove pessoas quando foi contactado, mas, uma hora depois, o administrador de Chiúre, que disse ter estado no terreno da ocorrência, confirmou a morte de sete. Decorre uma investigação para o apuramento das verdadeiras causas da morte da família, na qual restou apenas uma filha de 9 a 10 anos de idade, pois, o pai, a mãe e cinco irmãos morreram em menos de três dias.
Há a crença de que o cabrito estivesse envenenado, ainda vivo, mas há, por outro lado, o facto de que a carne foi consumida por alguns vizinhos, que entretanto não foram atingidos pelo presumível veneno.
Uma versão concorrente a esta é de que a carne tivesse sido envenenada depois de o animal ter sido morto. Esta explicação encontra acolhimento no facto de a família ter consumido a carne no primeiro dia e ido, no dia seguinte (sem deixar ninguém na casa), à machamba, sem que houvesse alguma queixa entre os seus membros.
A outra explicação que sustenta a ideia de ter sido envenenado a posterior, é justamente o facto de os vizinhos que haviam sido servidos a carne e a consumiram, se encontrarem ainda intactos.
Três membros familiares perderam a vida imediatamente a seguir ao consumo da carne, os restantes viriam a morrer, já no Hospital Provincial de Pemba, de acordo com o respectivo director, Fernando Mendes, escreve aquela Rádio pública.
Na verdade, de acordo com a fonte, as primeiras três pessoas haviam dado entrada no hospital, mas acabariam por perder a vida mesmo à entrada do Banco de Socorros, para tempos depois dar entrada a dona de casa, já em estado de gravidez, no último mês. Os médicos aperceberam-se de que a paciente estava relativamente lúcida e na tentativa de salvar a criança, tiveram que submetê-la a uma cesariana de emergência.
Porém, o veneno era de tal ordem forte, que rapidamente se espalhou pelo corpo dos dois, com o abdómen da mãe a aumentar de volume em pouco tempo, dando fim à vida dos dois, explicou Mendes.
“Encontramos uma espécie de carvalho preto que levamos para amostra a ser posteriormente analisada. O veneno foi bastante forte. Esperamos que haja algum estudo conclusivo, contando ainda com o apoio do trabalho pericial ”, disse o administrador.