Para permitir a redução do tempo de permanência nas principais estações são especialmente reservados vagões como em Inhaminga, Marromeu, Caia e Moatize. Actualmente, pela intensa exploração do carvão mineral de Moatize os cruzamentos de comboios acontecem quase de estação em estação, mas a melhoria do sistema de comunicação facilita as operações.
A superlotação de passageiros, sobretudo antes do período de reversão do Sistema Ferroviário da Beira para CFM, em Dezembro do ano passado, resultou mesmo na morte de duas crianças por asfixia na estação de Inhaminga.
Viajando a bordo do comboio de passageiros entre Beira e Marromeu, o nosso repórter foi constando que o ramal Inhamitanga-Marromeu de aproximadamente 80 quilómetros ainda clama de limpeza, principalmente no corte de arbustos que, vezes sem conta, invadem a via.
Observando a tabela previamente esboçada, o comboio de passageiros até arrasta consigo turistas para a observação da bela paisagem do vale do Zambeze e da prática do turismo cinegético na Reserva de Búfalos de Marromeu, tal como acontece aos fins-de-semana, incrementando assim a arrecadação de receitas para cofres do Estado.
Consequentemente, o transporte semi-colectivo de passageiros, vulgo chapa-100, anda praticamente “às moscas”, fundamentalmente pelo custo do bilhete de passagem, que é mais elevado que o do comboio, além do péssimo estado das estradas que não oferece segurança aos passageiros.
Deste modo, o comboio de passageiros continua na Linha de Sena a transportar grandes quantidades de mercadorias, maior número de passageiros, para além de ser mais seguro e barato.