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“Devemos ser capazes de aprofundar, cada vez mais e com maior acuidade, as causas de cada acidente e dos resultados da perícia e da investigação tirar lições para a acção, em particular no quadro da prevenção de futuros acidentes. Muitas preciosas vidas se perdem em Moçambique. Só nos últimos nove meses, deste ano, foram registados 2345 acidentes de viação que resultaram em 1177 óbitos, 1592 feridos graves e 2134 feridos ligeiros. Não estão aqui indicados os danos materiais, que são necessariamente avultados, e sobretudo os traumas que estes acidentes causaram às suas vítimas e o luto e a dor que transportaram para muitas famílias moçambicanas” – apontou.
Referiu que se caminha para o fim do ano, momento em que se celebram as festas do Dia da Família e da passagem do ano. Como é característica deste período, ao que explicou, iremos testemunhar um incremento significativo do número de pessoas e bens a atravessarem os diversos postos de fronteira e a circularem pelas estradas do nosso belo Moçambique. Este facto traz consigo responsabilidades acrescidas ao Ministério do Interior que, em colaboração com outras instituições do nosso Estado, deve garantir a segurança e tranquilidade necessárias para os cidadãos.
“Esta segurança e tranquilidade devem ser garantidas sem descurar a hospitalidade, a cortesia e o profissionalismo que caracteriza os agentes da Polícia da República de Moçambique no contacto com os cidadãos, nacionais e estrangeiros. Também nos preocupa a extorsão e outros ilícitos que mancham o bom-nome da Polícia e o desempenho irrepreensível da maioria dos quadros do Ministério do Interior. Queremos, próximo ano ouvir um relatório que reporta melhorias quer na sinistralidade rodoviária quer na corrupção no seio da nossa Polícia” – sublinhou.
Sob o lema “Ministério do Interior: aprimorando a capacidade de liderança nas suas diferentes áreas para melhorar o seu desempenho”, o pelouro pretende discutir acções de segurança e tranquilidade públicas, elevação da sua capacidade de prestação de serviços ao cidadão.
Para o PR, a proactividade que o lema induz deve traduzir-se na multiplicação de acções de prevenção do crime e mais segurança para o povo, incluindo a eliminação do espectro de raptos; melhoria das acções de assistência e salvamento da população vítima de sinistros; maior celeridade na investigação e esclarecimento dos crimes; melhorias na observância rigorosa dos prazos e procedimentos processuais previstos na lei; maior rigor ainda na defesa dos nossos recursos; maior rigor e emissão tempestiva de documentos de identificação e de viagem para os cidadãos; crescente eficácia na protecção da nossa fronteira estatal; aprimoramento da gestão da entrada e saída de cidadãos nacionais e estrangeiros no país; e combate intransigente à imigração ilegal, ao narcotráfico e à pirataria.
O Conselho Coordenador do MINT conta com a presença de comandantes distritais e de esquadra da Polícia da República de Moçambique, quadros que terão a oportunidade de enriquecer, com as suas experiências, as decisões a serem tomadas.