Sociedade Criminalidade Consternação no funeral do casal morto em Maputo

Consternação no funeral do casal morto em Maputo

Muitas lágrimas caíram ontem no funeral do casal jovem assassinado segunda-feira à noite no Grande Maputo, num dos episódios de crime violento que nos últimos dias tomou conta da cidade de Maputo.
Consternação no funeral do casal morto em Maputo
As exéquias de Paulo Namburete Júnior, 33 anos de idade, e Helena Tala (25), cuja morte chocou a cidade de Maputo, foram realizadas no cemitério de Kumbeza, na presença de dezenas de pessoas, entre familiares, amigos e vizinhos inconformados pela forma como a vida dos dois jovens foi precocemente interrompida por mãos assassinas.

Artur Cebola, Chefe do Bloco 14, do Bairro Magoanine B, onde viviam as vítimas, disse à nossa Reportagem que os residentes estão tristes e ao mesmo tempo assustados, numa altura em que a Polícia continua sem pistas dos autores do crime.

Cebola disse nunca ter assistido algo semelhante no bairro. “O homicídio surpreendeu a todos residentes”, declarou, apelando para o reforço da segurança na zona.

Para reduzir a criminalidade no bairro, segundo Cebola, é necessário a instalação de um posto policial no troço CMC/Zimpeto e patrulhas na zona, principalmente à noite.

Por seu lado, Castro Guambe, chefe do Quarteirão 118, de Magoanine C, afirmou que a tranquilidade, segurança e calma dos bairros de Magoanine B e C estão a ser ameaçadas nos últimos tempos.

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“A polícia deve garantir maior segurança, porque o medo tomou conta do bairro. As pessoas já têm medo de circular à noite”, disse Castro.

O Notícias apurou no local que os malogrados deixam dois filhos, um de seis anos e outro de dois, este último que estava com os pais no momento em que o casal foi interpelado pelos malfeitores.

Francisco Tala, pai da Helena, disse que a família está preocupada com os dois menores, sobretudo com o mais novo que se acredita tenha assistido ao horrendo acto.

Entretanto, J. Manuel, gestor do parque de viaturas, e o guarda que se encontrava em serviço na noite em que um estranho solicitou a retirada da viatura mini-bus, alegando ser irmão do malogrado, foram ontem prestar declarações à Polícia que investiga o caso.

O casal encontrou a morte quando caminhava para casa, cerca das 20.00 horas, momentos após parquearem a sua viatura, um mini-bus, com o qual o marido fazia chapa para o sustento da família.

Não se sabe como é que tudo terá acontecido, não tendo os moradores da área próxima se apercebido de nada. Os corpos foram encontrados abandonados às primeiras horas da terça-feira num arreeiro.