Artur Cebola, Chefe do Bloco 14, do Bairro Magoanine B, onde viviam as vítimas, disse à nossa Reportagem que os residentes estão tristes e ao mesmo tempo assustados, numa altura em que a Polícia continua sem pistas dos autores do crime.
Cebola disse nunca ter assistido algo semelhante no bairro. “O homicídio surpreendeu a todos residentes”, declarou, apelando para o reforço da segurança na zona.
Para reduzir a criminalidade no bairro, segundo Cebola, é necessário a instalação de um posto policial no troço CMC/Zimpeto e patrulhas na zona, principalmente à noite.
Por seu lado, Castro Guambe, chefe do Quarteirão 118, de Magoanine C, afirmou que a tranquilidade, segurança e calma dos bairros de Magoanine B e C estão a ser ameaçadas nos últimos tempos.
“A polícia deve garantir maior segurança, porque o medo tomou conta do bairro. As pessoas já têm medo de circular à noite”, disse Castro.
O Notícias apurou no local que os malogrados deixam dois filhos, um de seis anos e outro de dois, este último que estava com os pais no momento em que o casal foi interpelado pelos malfeitores.
Francisco Tala, pai da Helena, disse que a família está preocupada com os dois menores, sobretudo com o mais novo que se acredita tenha assistido ao horrendo acto.
Entretanto, J. Manuel, gestor do parque de viaturas, e o guarda que se encontrava em serviço na noite em que um estranho solicitou a retirada da viatura mini-bus, alegando ser irmão do malogrado, foram ontem prestar declarações à Polícia que investiga o caso.
O casal encontrou a morte quando caminhava para casa, cerca das 20.00 horas, momentos após parquearem a sua viatura, um mini-bus, com o qual o marido fazia chapa para o sustento da família.
Não se sabe como é que tudo terá acontecido, não tendo os moradores da área próxima se apercebido de nada. Os corpos foram encontrados abandonados às primeiras horas da terça-feira num arreeiro.