A nossa Reportagem falou com Eunice Nicolau, uma das passageiras e o seu filho menor de idade que ficaram gravemente feridos. Segundo explicou, a única solidariedade que teve veio do seu esposo que se deslocou a Quelimane depois do acontecimento e do pessoal médico do maior hospital daquela urbe.
Eunice Nicolau disse que até ontem a administração da transportadora continuava num profundo silêncio perante o sofrimento das pessoas feridas e familiares que pretendem saber como é que os corpos dos seus entes queridos serão transladados para os locais de proveniência.
A nossa entrevistada disse que desde que está internada (domingo) permanece com a mesma roupa ensanguentada sem saber ao certo do paradeiro dos seus pertences.
“ Eu sai de Maputo para Pemba, para sepultar o meu pai e estava de regresso com outros familiares que sofreram este acidente para além de estar ferida a minha dor aumenta quando a Nagy investimento se mantém no silêncio”, desabafa.
Já no espaço exterior da ortopedia havia várias pessoas, umas à espera da resposta da Nagy Investimento para transportar os corpos e outras queriam saber quem irá assumir as despesas e a transferência dos doentes não só para o Hospital Central de Maputo mas também para a sua proveniência já que estavam de viagem a esses locais, com bilhetes pagos.
Entretanto, cinco corpos continuam ainda na morgue do Hospital Provincial de Quelimane. Dois foram reclamados ainda em Mocuba. Um foi a Pemba e outro por ser muçulmano foi sepultado em Mocuba. Entretanto, o médico chefe no Hospital Rural de Mocuba, Horácio Caliche, confirmou que a maioria dos cinquenta passageiros feridos já foi observada e apenas dois é que estão ainda naquela unidade sanitária, mas fora de perigo.