Antigo director do Banco de Desenvolvimento de Ruanda (RDB), Turatsinze era, até à data da sua morte, vice-reitor da Universidade São Tomás de Moçambique (USTM), uma instituição pertencente a Igreja Católica.
A sua morte foi inicialmente reportada pela Embaixada do Ruanda em Pretoria, na vizinha África do Sul. Na quinta-feira última, a PRM confirmou ter encontrado o corpo de Turatsinze, mas disse não saber o autor e nem as motivações do crime.
Falando hoje no habitual briefing semanal a imprensa, o porta-voz do Comando da PRM na cidade de Maputo, Orlando Mudumane, disse não haver detidos, mas que já identificou alguns indivíduos suspeitos com o caso.
“Há suspeitos, mas ainda estamos a trabalhar na investigação deste caso”, disse Mudumane, sem avançar detalhes sobre a identidade dos suspeitos para não prejudicar o curso das investigações.
Mudumane também escusou-se a revelar a nacionalidade dos suspeitos.
Um jornal ruandês escreve que, em 2011, os serviços de inteligência britânicos advertiram dois ruandeses sobre um plano para o seu assassinato e que estaria a ser preparado pelos “esquadrões da morte de Kagame”.
“Mais ruandeses estavam à espera que o regime de Kagame estivesse mais ocupado em encontrar soluções para a sobrevivência devido aos cortes nos pacotes de ajuda externa e não conspirar para matar mais pessoas. Esta visão pode estar errada, especialmente quando se olha para as circunstâncias da morte do antigo director do Banco de Desenvolvimento da Ruanda, Theogene Turatsinze”, acrescenta o jornal local “Umuvugizi”.
Contudo, no Ruanda e ao nível internacional acredita-se que a morte de Turatsinze poderá estar associada com uma conspiração política, pois ele era portador de informações importantes sobre um desfalque financeiro perpetrado pelo partido no poder Frente Patriótica Ruandesa (RPF), no RDB, onde ele foi director entre 2005 e 2007.